sexta-feira, 13 de abril de 2012

Avaliação do Plano de Ação

         A todos que participaram agradecemos imensamente, porque sem a colaboração de cada um não seria possível continuar oferecendo um ensino de qualidade às nossas crianças.
         A escola só é boa quando há participação da comunidade.

Obrigado.




segunda-feira, 2 de abril de 2012

ATPV-10 - Avaliação do Plano de Ação - 2011

Universidade Federal de São Carlos- USFCAR Escola de Gestores da Educação Básica
Pólo: São Carlos
Professora: Maria Cristina da Silveira G. Fernandes
ATPV - 10


Justificativa 

                A E.M.E.F. “Tiradentes”, por estar localizada na área central da cidade de Brodowski, e constituída por uma comunidade antiga, trata-se de uma escola de Ensino Fundamental I, de pequeno porte.
                Isso posto, não apresenta problemas frequentes e significativos. Assim, nossa preocupação não ultrapassa a esfera social de forma acentuada. Portanto, nossa atuação possui um enfoque muito voltado para a prática pedagógica e a sociabilidade da criança e sua família no espaço escolar.
                Consideramos que exercitar os talentos individuais “criatividade” dessas crianças seja uma maneira eficiente de alcançarmos objetivos específicos de nossas metas.
                Por tratar-se, também, de uma Escola de Ensino Fundamental I, acreditamos que o brincar é um aliado indispensável para o desenvolvimento da criança como um todo, colaborando desde a forma de socialização entre os pares e o coletivo, até na compreensão das regras, do tempo, da atenção e do desenvolvimento físico e motor.
                Sabedores que somos da necessidade e importância do envolvimento da comunidade no processo de ensino-aprendizagem tratamos essa questão como essencial, num trabalho contínuo de sensibilizar as famílias de nossos alunos para que participem cada vez mais do processo educacional.
               Acreditamos que, quando contribuímos de forma prazerosa na conquista e desenvolvimento global dos alunos, possibilitamos um avanço natural e necessário nas demais fases de sua escolaridade.

a) Evasão/Distorção Idade-Série
              O problema da evasão/distorção idade série trata-se de uma questão crucial da Educação Brasileira. Ao longo dos anos, muitos projetos foram desenvolvidos nas inúmeras tentativas de sanar as defasagens apresentadas pelos alunos.
                Somos conscientes de que um trabalho em sala de aula priorizando conteúdos significativos tornam as aulas mais atrativas, contribuindo de forma efetiva para diminuir os índices de repetência e ou evasão.
                Mediante dados diagnosticados quanto ao Rendimento Escolar no Ensino Fundamental, foi possível analisar a situação apresentada pela E.M.E.F. “Tiradentes”, no ano de 2010.


Ciclo I
Ciclo II
Afastamento por abandono
00
00
Afastamento por transferência
11
15
Aprovados
245
259
Reprovados
04
03


Promovidos
Evadidos
Retidos
Distorção idade/ série
98,63%
0,00%
1,37%
4,91%


                Embora os resultados encontrados fossem positivos, houve a necessidade de novas intervenções, no sentido de equalizar os problemas encontrados.

Ações:
- Investir na recuperação paralela.
- Discutir e refletir o processo de avaliação.
- Lançar mão de procedimentos, estratégias e ações didáticas pedagógicas, focadas na aquisição de conteúdos e competências.
- Possibilitar as trocas de experiências entre os pares.
- Promover o diálogo entre o professor titular e o professor recuperador.
- Investimento na aquisição do acervo bibliográfico.
- Articulação com a comunidade.



Resultado obtido:



Ciclo I
Ciclo II
Afastamento por abandono
00
00
Afastamento por transferência
18
09
Aprovados
267
159
Reprovados
07
03


Promovidos
Evadidos
Retidos
Distorção idade/ série
97,70 %
0,00%
2,29 %
3,44 %

                 Nota-se que o índice de alunos retidos teve um aumento; observou-se que grande parte desses alunos são advindos de um processo de inclusão e apresentam um ritmo de aprendizagem diferente.

Principais dificuldades:
- Falta de diagnóstico médico.
- Falta de hábito de estudo.
- Não realização de atividades extraclasses.


Proposta:
- Desenvolver um processo de acompanhamento das ações e resultados dos diversos profissionais que atendem esses alunos.
- Conscientizar a família sobre a importância do reforço.


b) Criatividade
           Na acomodação de sempre, é fácil colocar a culpa em alguém, em algo, buscar um culpado para o fracasso - o construtivismo, a pobreza, ausência dos responsáveis, o governo... Os que assim acreditam ignoram a prática reprodutivista que nos é imposta, a corrida contra o tempo nos impulsiona para a quantidade, não havendo tempo hábil para desenvolvermos a criatividade.

 Ações:
            Dar bons referenciais para que a criança possa produzir e construir conhecimentos significativos, para a vida e para o mundo do trabalho.
           Desenvolver projetos em que a criança compreenda o que está fazendo, experimente, manipule e possa utilizar de modo individual, flexível, transferível suas habilidades, transformando-as em competências, e, sobretudo, observem a realidade do grupo.
Resultado:
           Os profissionais procuram não priorizar quantidade e sim qualidade, trabalhando com atividades diferenciadas, para despertar a motivação e tornar nossos alunos mais criativos e participativos.
Dificuldades:
            O mundo fora da escola, que é bem mais atrativo, e a corrida contra o tempo são concorrentes diários.

Proposta:
            Buscar e empregar recursos que despertem a criatividade, tornando as atividades mais atrativas, desenvolvendo o senso crítico.

c) Resgate as brincadeiras
            As brincadeiras são importantes em todas as faixas etárias. De forma lúdica, crianças iniciam o respeito aos companheiros, e ao adversário, aprendem a perder e ganhar, e em clima de cooperação, superam desafios e ganham experiência para o enfrentamento do mundo adulto.
           Hoje, as crianças são chamadas mais cedo para as responsabilidades escolares, “perdendo” a infância. O brincar tem sofrido transformações. Já não vemos mais as crianças brincarem nas ruas, parques e praças sozinhas, estão sempre acompanhadas pelos seus pais. Os computadores, televisão, vídeo game, jogos eletrônicos, têm ocupado grande parte do tempo das mesmas sem contar que não brincam mais em grupos as brincadeiras ocorrem individualmente, predominando o egocentrismo. Pais, tentando preencher esse vazio, se rendem ao consumismo desenfreado. 
             A escola também não estava preparada para receber crianças menores de 07 anos, visto que o espaço, os mobiliários foram pensados para crianças de outra faixa etária. O professor, apesar de ser habilitado, também está em fase de adaptação e ainda não incluem as brincadeiras em suas práticas. É necessário refletir sobre o quanto o brincar é importante no desenvolvimento infantil, pois através das brincadeiras a criança também aprende e adquire competências e habilidades importantes.
 Ações:
- Organizar reuniões com pautas que levem os professores a vivenciarem as brincadeiras infantis.
- Solicitar à Secretaria Municipal de Educação cursos de aperfeiçoamento.
- Diversificar as atividades por meios de brincadeiras.
- Solicitar mobiliário necessário à Secretaria Municipal de Educação.
Resultado:
            Através do lúdico, é mais fácil avançar nas hipóteses de aprendizagem; para os primeiros anos foram disponibilizados jogos diversos que possibilitam o trabalho de regras, ao mesmo tempo em que ocorre a alfabetização.
            Está também no planejamento, o desenvolvimento do Projeto de Brincadeiras. As professoras montaram caixas com brinquedos usados e uma vez por semana é permitido trazer um brinquedo.
            Nos segundos e terceiros anos, foram desenvolvidos durante o ano os projetos: Cantigas de Roda e Jogos Folclóricos e “Bota Aqui o seu Pezinho”.
            Durante o recreio, são oferecidas cordas e pingue-pongue.
Dificuldades:
- Concorrência dos meios de comunicação e os eletrônicos.
- Queima de etapas na primeira infância.
- Consumo excessivo e premiação vinculada à tarefa.

 Propostas:
- Adequação à realidade, com direcionamento para cada faixa etária.
- Buscar cursos de capacitação.


d) Resgate da sociabilidade
              No mundo atual, a sociabilidade está ficando de lado. Há uma busca pelo prazer e valores como solidariedade, ética e respeito estão sendo esquecidos, o importante é “ter”, resultado do consumismo que estamos vivendo. A escola é um espaço que pode modificar essa cultura, resgatando o papel de promotores da sociabilidade, ao favorecer a construção do saber através de projetos, trabalho em equipe, conteúdos significativos contribuindo, assim, para o enriquecimento cultural e ampliando as possibilidades de interação, onde ocorrerá o aprendizado dos conteúdos necessários e o mais importante aprender a viver com o outro participando de projetos comuns.
Ações:
- Participar de projetos comuns, buscando integrar as diversas áreas.
- Trabalhar com conteúdos significativos e buscar uma função social real, para as atividades desenvolvidas.

Resultado:
             Realização de contrato didático e trabalho com jogos de regra e projetos direcionados, leituras compartilhadas etc.

 Dificuldades:
- A escola contribui, mas é necessário ter a família como parceira.
- Disponibilidade de recursos humanos (funcionários).
- Corrida contra o tempo.

 Proposta:
- Recreio orientado.
- Atividades em grupos, apresentações teatrais.
- Palestra para os pais.


e) Envolver a comunidade
            Confirma-se, neste momento, a verificação à frequência positiva dos pais de alunos nas reuniões realizadas pela escola. Porém, a participação não é tão efetiva como deveria.
            Um dos pontos observados, é que os pais que acompanham a vida escolar dos filhos, evitam envolvimento/comprometimento com a educação de forma geral. Cada um quer ver o resultado do seu filho e não tem consciência de que o sucesso da aprendizagem da classe, consequentemente de todos os alunos da escola possibilitará a formação de uma sociedade melhor.
             É necessário diálogo e sensibilização de que seremos fortes e muitas mudanças ocorrerão a nosso favor se as tomadas de decisões forem compartilhadas com uma participação efetiva. 
             Portanto, para fazer desta escola um espaço de construção do conhecimento vamos sonhar, pensar, crescer e decidir juntos.
 Ações:
- Questionários e entrevistas para discussão em equipe.
- Organizar calendário com atividades, revendo horários para que os pais possam ter participação ativa.
- Convidar membros da comunidade para palestras com a comunidade escolar.
Resultado:
            Realização de palestras e convites para reuniões de pais e eventos realizados.
Dificuldades:
           Indisponibilidade dos pais, devido ao tempo e falta de compromisso com a  aprendizagem dos filhos, se preocupam com a individualidade do seu filho e muitos procuram a escola quando se sentem tolhidos em seus direitos.
 Proposta:
           Continuar persistindo com convites para palestras e eventos. 

  

Márcia Helena de Oliveira Grotti